- "Crês que essa é a primeira vez que isso aconteceu? A primeira vez que os Assassinos foram forçados a eliminar sua liderança? A primeira vez que a Ordem reconstruiu o seu poder do nada? Não. Masyaf, Monteriggioni, as Colônias Americanas... já aconteceu tudo antes, e nós nos reerguemos, mais fortes do que nunca. Mas agora... Perdemos o nosso propósito, Arno. Afundamo-nos em políticas e revoluções. Mas não somos uma nação. Somos um exército. E, em um exército, fazer paz com o inimigo chama-se traição."
- ―Pierre Bellec justificando o envenenamento de Mirabeau para Arno.[src]
Pierre Bellec (1741 - 1791) foi um Mestre Assassino Franco-Canadense, um antigo soldado colonial e um membro do Conselho da Irmandade Francesa de Assassinos.
Um dos membros mais respeitados dos Assassinos franceses, Bellec acreditava profundamente no Credo e tinha algumas opiniões extremistas sobre os meios dos Assassinos. Ele havia sido outrora um membro da Irmandade colonial, mas viajou para a França em meio ao expurgo colonial. Em Paris, tornou-se um membro respeitado do Conselho. Ele também foi responsável pelo treinamento de Charles Dorian e de muitos outros aprendizes.
Em 1791, Bellec conheceu Arno Dorian na Bastilha, e após os dois fugirem juntos durante a invasão revolucionária, o introduziu aos Assassinos e o treinou extensivamente como Assassino. Bellec acreditava que a Revolução que havia explodido na França iria ser caótica, e que eles não poderiam fazer nada para pacificá-la.
No mesmo ano, quando o Mentor Mirabeau aceitou uma trégua com Élise de la Serre, uma Templária moderada e antiga paixão de Arno, Bellec envenenou Mirabeau, pensando que paz com os Templários é impossível. Arno investigou o envenenamento e seguiu o rastro de Bellec até confrontá-lo pessoalmente, onde após uma discussão e duelo intenso, Arno foi forçado a matar seu antigo mentor.
Biografia[]
Início da vida[]
Nascido na Nova França em 1741, Bellec juntou-se ao Exército Francês colonial aos 16 anos, para lutar na Guerra dos Sete Anos. Ele treinou militarmente e tornou-se um espadachim habilidoso, servindo com distinção e ganhando uma comendação por valor após sua participação na Batalha de Fort Bull.
Foi nessa época que ele descobriu de sua linhagem de Assassino, e buscou juntar-se aos Assassinos Coloniais, que possuíam uma presença forte nas Colônias Americanas. Aceito na Irmandade, Bellec continuou seu treinamento e tornou-se um expert em parkour, combate corpo-a-corpo, uso de armas de longo-alcance, arrombamento de fechaduras e uso de bombas personalizadas.
Com a contínua guerra causando destruição e morte, Bellec presenciou a ascensão do Rito Colonial da Ordem dos Templários e o expurgo que os mesmos realizaram sobre os Assassinos. Durante o mesmo, ele alegou ter visto as forças Templárias massacrarem aldeias inteiras e torturarem prisioneiros inocentes em busca de Assassinos. Os atos que ele aqui viu fizeram ele desenvolver um profundo ódio pelos Templários.
Em 1762, ele deixou o Exército colonial e viajou a França, o país de sua família, para escapar do expurgo colonial e ter uma nova oportunidade de vida.
Juntando-se à Irmandade Francesa[]
Chegando e estabelecendo-se em Paris, Bellec imediatamente juntou-se aos Assassinos Franceses e subiu rapidamente na hierarquia da Irmandade, tornando-se um Mestre Assassino e um dos mais respeitados membros. Ele também desenvolveu sua Visão de Águia, um dom raro possuído por alguns dos mais lendários Assassinos, e usou-a para buscar glifos misteriosos espalhados ao longo de Paris.
Bellec foi encarregado de treinar os novos aprendizes de Assassinos, e um de seus aprendizes próximos foi Charles Dorian. Bellec ensinou a Charles tudo que sabia, e em uma missão, salvou seu antigo aprendiz ao realizar um assassinato aéreo em um Templário agressivo.
Em Paris, Bellec também continuou fazendo missões para a Irmandade, assassinando homens corruptos, dando fim à gangues e à operações de contrabando, algumas delas associadas com Templários. A opinião de Bellec sobre os Templários apenas piorou quando, em 1776, Charles foi morto pelo Mestre Templário Shay Cormac em Versalhes.
Em cerca de 1789, o Mentor Mirabeau, estabeleceu uma trégua com o Rito Francês, o que causou controvérsias dentro da Irmandade, especialmente em Bellec, que acreditava firmemente que os Templários estavam muito fracos e que deveriam serem erradicados completamente.
Preso na Bastilha[]
A França estava em uma situação descontrolada, faminta e corrupta pela década de 1780, e a população estava começando a revoltar-se contra o governo absolutista monárquico e seus aliados. Em maio de 1789, Bellec usou este clima caótico para cometer um crime desconhecido relacionado à política e ser aprisionado na Bastilha, com o objetivo de encontrar mais glifos misteriosos.
Dentro de sua cela, ele viu um jovem ser arrastado para a cela, acusado do assassinato de um aristocrata. Enquanto o jovem dormia, Bellec viu algo de familiar nele e encontrou o relógio de Charles Dorian no bolso do jovem, e o furtou silenciosamente. Na manhã seguinte, ele confrontou o garoto com um bastão, perguntando como ele havia conseguido o relógio.
Os dois então duelaram com bastões rústicos, e Bellec gostou da habilidade de esgrima do jovem, e descobriu que ele possuía Visão de Águia, conseguindo ver os glifos na parede. Bellec então concluiu que ele Arno Dorian, o filho de Charles, e confirmou sua teoria. Ele então revelou a Arno que Charles era um Assassino, e que ele morreu lutando pela liberdade da humanidade.
Bellec então convidou Arno a fugir com ele e juntar-se à Irmandade, e embora Arno não tivesse ficado impressionado inicialmente, Bellec logo disse que mesmo que não quisesse juntar-se aos Assassinos, teria que fugir da Bastilha. Pelos próximos dois meses, Bellec treinou Arno na esgrima e furtividade, dentro da cela deles.
Em 14 de julho, uma multidão furiosa de sans-culottes e revolucionários cercaram a Bastilha e demandaram pólvora, e ao serem rejeitados por Bernard-René de Launay, o governante da Bastilha, violentamente atacaram a fortaleza. Bellec e Arno então tiraram proveito do acontecimento para tentarem fugir da fortaleza, desviando de inúmeros guardas e chegando ao topo da muralha.
Lá, eles se viram cercados por soldados, e Bellec então disse para Arno que eles teriam que pular, e deu um medalhão que mostraria a localização dos Assassinos. Em seguida, ele realizou um Salto de Confiança do topo da Bastilha, aterrissando no fosso abaixo e rapidamente fugindo da área despercebido.
Treinando Arno[]
Pouco tempo depois, Arno conseguiu encontrar (contra as expectativas de Bellec) o esconderijo dos Assassinos abaixo da Sainte-Chapelle, usando o medalhão que recebeu para ativar um mecanismo e ir ao subterrâneo. Bellec saudou o jovem e então o guiou até a sala do Conselho, onde eles realizaram a cerimônia de iniciação e deram a ele um conjunto de vestes e uma Lâmina Oculta.
Bellec passou os próximos dois anos treinando Arno em combate corpo-a-corpo, uso de armas de longo-alcance, arrombamento de fechaduras, furtividade e infiltração. Ele acompanhou Arno em várias missões de treinamento, a maioria caracterizada pelo assassinato de alvos menores, coleta de informações e espionagem.
Em janeiro de 1791, Bellec acompanhou Arno em uma missão na prisão Conciergerie, onde eles espionaram o Templário Charles Gabriel Sivert e seus dois capangas, Arpinon e Duchesneau, discutindo sobre a operação de contrabando e desvio deles. Ao ver Sivert e Duchesneau se afastarem, Bellec assassinou Arpinon e fugiu pelas ruas de Paris com Arno. No processo, ele alertou Arno sobre os extremistas que haviam infestado Paris na época da Revolução, e que ele podia tentar proteger civis dos abusos deles, mas que nem sempre isto seria possível.
Ao chegar na base dos Assassinos, Bellec professou sua opinião a Arno sobre Mirabeau, dizendo que ele não concordava com os objetivos pacifistas de Mirabeau, e que nem a Revolução nem os Templários poderiam ser pacificados. Na sala do Conselho, ele contou a Mirabeau e aos outros que ele havia treinado Arno em tudo que pôde, e que o garoto estava pronto para ser um Assassino completo e independente. Bellec também concordou com Arno e com o resto do Conselho que eles deveriam descobrir o que estava acontecendo dentro da Ordem dos Templários, pois não haviam tido nenhum contato ou investigação direta desde a morte do Grão-Mestre moderado François de la Serre.
Sob pressão do Conselho, Mirabeau cedeu e encarregou Arno de assassinar Sivert na Notre-Dame de Paris e descobrir o que ele sabia. No lado de fora da igreja, Bellec contou a Arno que ele não era mais um aprendiz, e que ele deveria fazer seu próprio plano para assassinar seu alvo, criando e encontrando oportunidades. Ele também disse que era melhor se sacrificar pela Irmandade do que comprometê-la, e deixou Arno para terminar sua tarefa.
Nos próximos meses, Bellec e o resto do Conselho vigiaram a caçada de Arno pelos Templários, que eles descobriram estar sob comando de François-Thomas Germain. Bellec também deu a Arno a Lâmina Fantasma, uma melhoria à Lâmina Oculta que permitia disparar dardos silenciosos em oponentes.
Envenenando Mirabeau[]
Em abril de 1791, Arno trouxe Élise de la Serre, a filha do antigo Grão-Mestre e sem o conhecimento da Irmandade, uma antiga paixão de infância dele, ao Conselho. Élise contou que os Templários moderados haviam sido massacrados e que a facção de Germain havia dominado, e pediu uma trégua para tentar destruir esta nova facção. Bellec imediatamente discordou, dizendo que eles deveriam aproveitar a oportunidade para dar o golpe final aos Templários na França, mas Mirabeau continuou com suas visões pacifistas.
Cansado das visões pacifistas de Mirabeau sobre os Templários e das visões conservadores dele sobre a monarquia e nobreza, Bellec decidiu envenenar Mirabeau pelo futuro da Irmandade, pensando que ele estava envenenando-os com seus ideais. Ele ameaçou um apotecário ilegal em Marais para lhe fornecer acônito, um veneno rápido e mortal que era uma das ferramentas mais conhecidas dos Templários.
Em seguida, ele se reuniu com Mirabeau na casa do mesmo, e tentou convencê-lo de dar um fim à trégua com os Templários, dizendo que ele não confia em Élise. Quando Mirabeau permaneceu firme em suas crenças, Bellec discretamente derramou o acônito na taça de Mirabeau, e pôs várias evidências incriminatórias ao longo do lugar que indicavam que Élise foi a autora do crime.
Duelo com Arno e morte[]
- "Mata-me. Se tens alguma convicção e não és apenas um covarde apaixonado, mata-me agora. Porque eu não vou parar. Eu vou matá-la. Para salvar a Irmandade, eu deixaria Paris queimar."
- ―Bellec, em seus últimos momentos.[src]
Bellec então se dirigiu à sacada da Sainte-Chapelle, tendo dito ao apotecário que forneceu acônito para entregar o próximo carregamento lá e deixando um rastro, acreditando que Arno iria seguir o rastro e encontrá-lo.
Seu pensamento provou-se certo, e Arno ficou chocado ao ver seu antigo mentor responsável pelo crime. Bellec então argumentou que Mirabeau estava envenenando a Irmandade com seus pensamentos, e então citou vários exemplos de Assassinos eliminando ou substituindo suas lideranças e renascendo com um novo senso de convicção, força e poder. Bellec então disse que eles podem salvar a Irmandade, juntos, mas Arno não aceitou.
Desapontado, Bellec então avançou em Arno com sua espada e os dois duelaram ferozmente nas sacadas da Sainte-Chapelle, ao mesmo tempo em que discutiam. Bellec contou que nas colônias, ele viu Templários queimarem vilas inteiras em busca de um Assassino, e Arno respondeu dizendo que ele viu um Grão-Mestre Templário adotar um órfão assustado filho de um Assassino.
Os dois, no meio de um sufoco, atiraram-se no salão da igreja, e Bellec viu Élise na porta. Ele então concluiu que a causa disto não era Mirabeau, e sim Élise, e então tentou matá-la com sua pistola, mas foi atingido por um dardo da Lâmina Fantasma de Arno, e ferido em um duelo final logo em seguida. Bellec então disse a Arno que se ele não matasse-o, ele iria matar Élise, e que se dependesse do futuro da Irmandade, ele queimaria Paris inteira.
Bellec então deu um parabéns final à destreza e capacidade de Arno no duelo entre eles, e foi então esfaqueado na garganta pela Lâmina Oculta de seu antigo aprendiz, recebendo seus ritos finais logo em seguida. Após a morte de Bellec, Arno pôs um busto em homenagem a ele em sua sala de lembranças no Café-Théâtre, e manteve as vestes antigas de Bellec na sala do legado, junto das vestes de Thomas de Carneillon.
Personalidade e características[]
Bellec era um homem forte em suas convicções que tinha uma personalidade muito argumentativa e crítica, e também possuía um senso de humor rude e diferente, sendo conhecido por chamar outros com o termo derrogativo "pinguço", mesmo que no caso de Arno e Charles tenha sido um termo sarcástico carinhoso. Ele era interminavelmente leal aos Assassinos, mas tinha uma visão forte que poderia fazê-lo cometer atos extremistas como o envenenamento de Mirabeau e ameaçar a vida de um apotecário inocente.
Mesmo assim, Bellec era um estrategista responsável, não atacando seus alvos bruscamente, mas buscando o momento e lugar certo para isto. Enquanto Arno inicialmente desejava matar Sivert imediatamente, Bellec argumentou que matar Sivert na Conciergerie causaria várias potenciais consequências e pontas soltas. Ele repreendeu Arno fortemente quando o mesmo perseguiu alvos importantes sem avisar o Conselho.
Além disso, Bellec parecia inicialmente pensar que Mirabeau poderia ser convencido a pensar diferente, mas ao ser diretamente recusado, envenenou-o imediatamente. Ele parecia acreditar que este ato seria rememorativo dos atos de Assassinos lendários como Altaïr Ibn-La'Ahad, Ezio Auditore da Firenze e Ratonhnhaké:ton, que reconstruíram a Irmandade do zero.
Apesar de sua personalidade grossa e extremista, Bellec também tinha um lado carinhoso, mostrando afeto por seus aprendizes e ex-aprendizes mais próximos como Charles e Arno Dorian. Ele admitiu a Mirabeau que confiaria sua vida nas mãos de Arno, mas que pensava que ele era influenciado pelo tipo errado de gente.
Equipamentos e habilidades[]
- "De onde estou sentado, eu poderia te matar em sete maneiras diferentes. Doze, se eu estivesse com uma colher."
- ―Bellec ameaçando Arno na Bastilha.
Bellec era um Mestre Assassino muito habilidoso, tendo juntado-se à Irmandade desde sua juventude e participado de guerras coloniais em uma idade precoce, fazendo-o entender desde cedo os custos e perdas que coisas assim causavam. Ele havia treinado extensivamente nas artes de assassinato, investigação e mistura social, e mesmo nos seus 50 anos de idade, era um espadachim extremamente capaz, além de ter percorrido a Île de la Cité inteira sem descanso.
Curiosidades[]
- De acordo com Shaun Hastings, uma das melhores maneiras de iniciar uma discussão entre historiadores dos Assassinos modernos é gritar "Bellec estava certo!" e vice-versa.
- Bellec é o único oponente no jogo todo que é capaz de assassinar Arno, e um dos poucos que podem usar bombas de fumaça no combate.
- A réplica do traje de Bellec usável por Arno não possuí o manto e possuí uma luva extra.
- De acordo com Bellec, sua avó era belga.
Referências[]
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